Seguidores

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Juramento

Jurou pelos pais e pelos filhos. Jurou por tudo quanto dizia ser sagrado que nada tinha embaixo daquele tapete reto. Jurou de pés juntos, olho no meu olho. Jurou e tinha tanta convicção que assustava. Queria crer. Precisava seguir crendo. Eu. Eu precisava. A coisa que mais queria era estar errada, ver luz, achar saída, fresta por onde entrasse qualquer coisa iluminada e parecida com a verdade. Até que perguntei: então não há nada por debaixo daquele tapete? Não, eu juro! E lá estava, quando ergui a ponta: mais um corpo morto jazia ainda quente ali.


Necka.

06/01/2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário