Jurou
pelos pais e pelos filhos. Jurou por tudo quanto dizia ser sagrado que nada
tinha embaixo daquele tapete reto. Jurou de pés juntos, olho no meu olho. Jurou
e tinha tanta convicção que assustava. Queria crer. Precisava seguir crendo.
Eu. Eu precisava. A coisa que mais queria era estar errada, ver luz, achar
saída, fresta por onde entrasse qualquer coisa iluminada e parecida com a
verdade. Até que perguntei: então não há nada por debaixo daquele tapete? Não,
eu juro! E lá estava, quando ergui a ponta: mais um corpo morto jazia ainda
quente ali.
Necka.
06/01/2017
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