Não
quero ser Lua parada no tempo
Não
quero ser só.
Há
uma noite lá fora tomada de estrelas. E um vento frio que me abraça. Gente.
Ruas que conheço bem. E anseio de sair à toa, à mercê do acaso, de coração
aberto ao que vem sem medos nem amarras. Ao que não se esgueira. Ao que não se
esconde atrás de muros erguidos pela própria não-vontade. Deve haver poema meu
que baste a alguém. E não quero esse espaço que se abre agora, aqui, vazio e desperdiçado.
Quero ver estrelas sentindo o vento passando, imaginando o barulho das ondas
distantes do mar que não tenho. Tenho — porque tudo posso dentro de mim. E tu
que tens mar inteiro à tua frente e não o queres? Que vais fazer dessa noite
ancorada . . .
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