Eu
também, menino, quero ver o céu. Mais que vê-lo, toca-lo. Mais que isso, ser
com ele uma coisa só. Alguma coisa nele sempre me manteve o fascínio em dia.
Desde menina elevava os olhos ao céu e me parecia, ele, tão soberano, tão
contemplativo de nós. Hei de chegar a ele, menino breve cuja vida se esvai.
Hoje te assisti partindo no colo último de tua mãe. E me doeu a tua dor porque
se irmanava à minha, de querer que tudo cesse e o céu encontre nossas retinas
exaustas. Que lhes descanse em paz e aconchego. Alguma eternidade.
Necka
Ayala
08/11/2017
“The
Book of Henry
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