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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Henry

Eu também, menino, quero ver o céu. Mais que vê-lo, toca-lo. Mais que isso, ser com ele uma coisa só. Alguma coisa nele sempre me manteve o fascínio em dia. Desde menina elevava os olhos ao céu e me parecia, ele, tão soberano, tão contemplativo de nós. Hei de chegar a ele, menino breve cuja vida se esvai. Hoje te assisti partindo no colo último de tua mãe. E me doeu a tua dor porque se irmanava à minha, de querer que tudo cesse e o céu encontre nossas retinas exaustas. Que lhes descanse em paz e aconchego. Alguma eternidade.

Necka Ayala
08/11/2017

“The Book of Henry

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