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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

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Enfim, é isso – enquanto vivemos, reinventamos um pouco o que somos. Lapidamos, rompemos, podamos; às vezes regamos e conseguimos, com o exercício, nos fazer florescer de novo. Enquanto vivemos, assistimos às muitas mortes ao nosso redor e, ali, naqueles instantes vazios, procuramos luz, alguma luz que paire ainda que breve. Ter vivido um tanto mais, apenas me torna mais cansada das vezes todas em que coisas partem e mais faminta de tudo quanto nasça puro. Entendo a necessidade do tempo em consumir, quase idêntica à necessidade do tempo em semear, fazer florir. Ter andado um tanto mais, talvez me tenha feito entender, ao fim de tudo, que a Noite é a única a encontrar luz ao mesmo tempo em que agoniza. 


Necka Ayala

16/01/2013

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