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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

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Se foi este dia sem festa, sem milagre, enviuvado. Não vieram as cores certas...nem o branco do tecido esquecido, nem o cor de laranja das asas benfazejas. O tempo não virou a tempo de trazer o vento às janelas abertas. Minguantes, as palavras também. Se foi este dia sem sorte, sem prumo, sem norte, sem luz, sem rede.  O sal escorreu da pele, transbordou os olhos – águas salgadas mútuas, muitas... enquanto isso os ponteiros avisavam: passo, passas, tudo passa... vai passar também este dia, se mudando de vez para o passado. Confio num outro dia que ainda não adivinho – dia de ir para casa. Que número terá? Par? Ímpar? Quente? Sinto falta do frio agora. E de algumas certezas boas que tinha comigo....

Necka Ayala - 29/01/2014 em modo Futuro do pretérito

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