Se
foi este dia sem festa, sem milagre, enviuvado. Não vieram as cores
certas...nem o branco do tecido esquecido, nem o cor de laranja das asas
benfazejas. O tempo não virou a tempo de trazer o vento às janelas abertas.
Minguantes, as palavras também. Se foi este dia sem sorte, sem prumo, sem
norte, sem luz, sem rede. O sal escorreu
da pele, transbordou os olhos – águas salgadas mútuas, muitas... enquanto isso
os ponteiros avisavam: passo, passas, tudo passa... vai passar também este dia,
se mudando de vez para o passado. Confio num outro dia que ainda não adivinho –
dia de ir para casa. Que número terá? Par? Ímpar? Quente? Sinto falta do frio
agora. E de algumas certezas boas que tinha comigo....
Necka Ayala - 29/01/2014 em modo Futuro do pretérito
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