Fico
olhando a essa mariposa contra o vidro, tentando, tateando, procurando a saída
para a luz e não acha. Nada posso fazer por ela. Observo em silêncio e lastimo
por ela. Perdida. Sozinha. Será que se pergunta como foi parar ali? Será que
quer sair dali? Mas o vidro é enorme e tem uma tela ainda por detrás de seu
corpo esbranquiçado e errante. Ela vaga. Vai e volta e não tem paradeiro. Não
sossega de fato, não descansa, não apaga a luz à qual busca. Nada pode.
Enreda-se na tela e luta para se desvencilhar. Bate e rebate em tentativas que
nem deveriam existir. A luz não é real, não esta!
Nenhum comentário:
Postar um comentário