RETIRANTE
Amor que é Amor não se entrega
Não morre na fenda do tempo
Não deixa que a febre o abrace
Nem joga coração pro vento.
Amor que é amor não se rende
Resiste, persiste, inventa,
Recria, cultiva e intenta
Não parte por mais que se tente.
Amor só falece de um jeito:
De morte matada, é assim!
No tiro que trai sem piedade,
de faca cravada no peito.
Ou de uma mentira entoada
Qual fosse um mantra ao avesso
E o coração indefeso,
Padece do amor posto ao fim.
Também vai morrer sentimento
De cilada encomendada:
Sozinho, atravessa a emboscada
E acaba ferido a contento.
Ou quando o lugar onde mora
Se vê atacado por dentro
Expulso, o amor de sua casa,
Não acha mais assentamento.
29/01/2017
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