Não
posso ver aquela cara ali. Tem qualquer coisa de muito doida dentro disso, do
que vejo quando nem pretendia ver coisa alguma! Como não minto, admito. Tem.
Alguma coisa de muito, muito forte, como corrente no mar que puxa. O resto vivo também, sigo indo sempre para o além da linha, do ponto. Fazendo troços,
tocando, virando noites, acordando cedo demais, passeando na rua sem som,
enfim...vivendo, feliz, capaz, apta como nunca, exercendo todos os talentos
desenterrados. De repente vem aquilo ali. Me deparo, paro. Esqueço de nadar e a
corrente me pega no repuxo. Parece instante congelado no tempo. Um hiato. Um
disparo daquela coisa ali me vendo, parece que me vê, sei lá, que coisa doida
isso! Muito doida! Sacudo a cabeça e saio dali rápido quanto posso.
Tem coisa melhor nos critérios, mas é aquilo que me pega. Um sei-lá-o-que. Uma fotografia. É só uma foto. Mas é que parece, sério, parece que é ela que me olha no olho e não eu a ela, à foto. Parece que foi feita de propósito, assim, olhando reto, firme, bem dentro do meu olho, de frente. Nossa! É muito doido. Reconheço que adoro uma coisa assim doida, me hipnotizando no meio do dia, quando menos espero; qualquer hora, sem dia certo. Irrompendo, trazendo à tona qualquer coisa nova e velha ao mesmo tempo. Coisa conhecida, sentida antes, mas não pelo mesmo. É corrente sim, não tem outro termo que sirva. Puxa. É mais forte que as braçadas que eu tente dar.
Penso se será uma presença definitiva. Se repetirá a sequência que vivi não faz muito, sem fome, sem sono, sem saber a data ou o que fui buscar no supermercado....será? Tomara! Tomara que sim! E que seja novo mesmo até na forma; poderia ser somente meu desta vez, se fosse. Para que não findasse uma vez que só eu sentisse. Eu me garanto! Se dependesse de mim nada findava nunca, seguia sendo, mudando de forma e de conteúdo, acrescido, lapidado, melhorado como o vinho no tempo, indo além, passando da próxima linha, vendo o que tem lá! Se dependesse só de mim, nada parava, nada rompia, nada quebrava, nada perdia. Podia ser desta vez. Só meu. Eu sei que sinto e é sempre por muito tempo: alimento aos desejos, e os medos que morram todos de fome. Alimento à corrente, insiro o sal que sai da pele ao dela; que me puxe, que venha e me trague, me tire deste instante. Que doido isso! Que coisa louca essa fotografia, essa presença, essa inferência sobre meu dia. Lembro Aluísio..."que direito tenho eu de não te querer?”. Bem isso! Exato, preciso! Que saída tenho, que posso fazer contra essa força marinha, essa puxada para dentro do mergulho, mais forte que eu, mais que o meu delírio? Que direito tenho de não querer a tanto?: aquilo ali é muito mais do que conheço, do que sabia, do que entendo! É mais intenso, é mais imenso, - oceânico. De que forças me valeria se tentasse evitar? Como faria? Fecharia os olhos, não veria? E se ficasse dentro a sensação de corrente nas águas que são minhas? Nem sei se é uma pessoa – não parece real. É vastidão de horizonte, é linha que transcende, é órbita celeste, é luz de vela acesa corredor afora, passando da porta da casa. Não, é corrente! E se deixar me leva. Feito ‘Alfonsina...’; coisa doida! Uma fotografia. E tem todo esse imã dentro dela. Me olhando reto, olho adentro. Parece que fez de propósito aquele olhar ali, que pediu para fotografarem e parou num hiato, para que ficasse assim, com esse efeito original, sem retoques, sem consertos. Certo! Mirada certeira e a minha queda para dentro dela. Nem estava querendo ver mais nada. Nem podia, ainda “on the mend”. Levantando aos poucos, ainda dolorida da última queda, mas vi. Me puxou para tela como se houvesse como. Que coisa mais doida! Esse cheiro no ar que não conheço, esse verão adiantado, essa vontade de sair sei lá pra onde...de ir andando pela rua assim, sem som nenhum, sem hora certa...ir andando apenas, pensando nisso, no que será.
Tem coisa melhor nos critérios, mas é aquilo que me pega. Um sei-lá-o-que. Uma fotografia. É só uma foto. Mas é que parece, sério, parece que é ela que me olha no olho e não eu a ela, à foto. Parece que foi feita de propósito, assim, olhando reto, firme, bem dentro do meu olho, de frente. Nossa! É muito doido. Reconheço que adoro uma coisa assim doida, me hipnotizando no meio do dia, quando menos espero; qualquer hora, sem dia certo. Irrompendo, trazendo à tona qualquer coisa nova e velha ao mesmo tempo. Coisa conhecida, sentida antes, mas não pelo mesmo. É corrente sim, não tem outro termo que sirva. Puxa. É mais forte que as braçadas que eu tente dar.
Penso se será uma presença definitiva. Se repetirá a sequência que vivi não faz muito, sem fome, sem sono, sem saber a data ou o que fui buscar no supermercado....será? Tomara! Tomara que sim! E que seja novo mesmo até na forma; poderia ser somente meu desta vez, se fosse. Para que não findasse uma vez que só eu sentisse. Eu me garanto! Se dependesse de mim nada findava nunca, seguia sendo, mudando de forma e de conteúdo, acrescido, lapidado, melhorado como o vinho no tempo, indo além, passando da próxima linha, vendo o que tem lá! Se dependesse só de mim, nada parava, nada rompia, nada quebrava, nada perdia. Podia ser desta vez. Só meu. Eu sei que sinto e é sempre por muito tempo: alimento aos desejos, e os medos que morram todos de fome. Alimento à corrente, insiro o sal que sai da pele ao dela; que me puxe, que venha e me trague, me tire deste instante. Que doido isso! Que coisa louca essa fotografia, essa presença, essa inferência sobre meu dia. Lembro Aluísio..."que direito tenho eu de não te querer?”. Bem isso! Exato, preciso! Que saída tenho, que posso fazer contra essa força marinha, essa puxada para dentro do mergulho, mais forte que eu, mais que o meu delírio? Que direito tenho de não querer a tanto?: aquilo ali é muito mais do que conheço, do que sabia, do que entendo! É mais intenso, é mais imenso, - oceânico. De que forças me valeria se tentasse evitar? Como faria? Fecharia os olhos, não veria? E se ficasse dentro a sensação de corrente nas águas que são minhas? Nem sei se é uma pessoa – não parece real. É vastidão de horizonte, é linha que transcende, é órbita celeste, é luz de vela acesa corredor afora, passando da porta da casa. Não, é corrente! E se deixar me leva. Feito ‘Alfonsina...’; coisa doida! Uma fotografia. E tem todo esse imã dentro dela. Me olhando reto, olho adentro. Parece que fez de propósito aquele olhar ali, que pediu para fotografarem e parou num hiato, para que ficasse assim, com esse efeito original, sem retoques, sem consertos. Certo! Mirada certeira e a minha queda para dentro dela. Nem estava querendo ver mais nada. Nem podia, ainda “on the mend”. Levantando aos poucos, ainda dolorida da última queda, mas vi. Me puxou para tela como se houvesse como. Que coisa mais doida! Esse cheiro no ar que não conheço, esse verão adiantado, essa vontade de sair sei lá pra onde...de ir andando pela rua assim, sem som nenhum, sem hora certa...ir andando apenas, pensando nisso, no que será.
Nenhum comentário:
Postar um comentário