Agora
gosto ainda menos de Dezembros.
Mês que sempre finda coisas.
Que esquenta demais e torna a tudo assim, passado do ponto.
Hoje suporto ainda menos esses meses longos.
Nem o Fevereiro terá a mesma graça. Mas tudo passa. Ele também.
Em breve o frio retornará e me devolverá descanso, conferindo à novidade seu conceito doce,
moreno e achocolatado.
O sal do último mês do último ano durou tempo demais e deixou estragos.
Revelou verdades secretas e plurais.
Sem mais.
Logo vem a Cura, através de novas mãos e modos,
por vias e ruelas que nem eu mesma conhecia.
Exploro a vida à qual me impuseram.
Pois que assim sejam as novas águas de março — o fim deste verão.
Em breve verão em mim as coisas que construo.
O que de mim se abriu.
As coisas que eram de lá e que de mim saíram.
As coisas que me vêm e que pra mim nasceram.
As coisas que me querem perto e me acarinham.
Céu cheio de estrela no Sul aminuando a vinda da vida.
Que venha! Deixei a porta aberta sem reservas desta vez.
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