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domingo, 4 de junho de 2017

Plástica


Levei-te oito flores nas mãos. E as mantive vivas, sorvendo seus aromas, cultivando a beleza que desfilavam gratuitamente. Depois da poda radical que fizeste, não tive mais, eu mesma, os perfumes que me alimentavam. Morri um tanto também, com elas. Agora que te arrependes ao constatar tua aptidão para o corte, ofereces uma flor de plástico de volta. E é isso que me faz querer acima e antes de tudo plantar um imenso jardim definitivo para o mundo todo.


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