Puseste essa Lua a luzir à toa
Tão branca, tão branda, tão breve, tão boa.
No breu acendida ficou a espera
Quem dera viesses encontrar com ela.
Entoa a noite a canção derradeira
Tens olhos voltados para outro lado
E ouvidos fechados ao som das estrelas.
Contemplas ao mar eternamente, à beira.
Puseste teus braços tão longe no tempo
Guardados sem vida a abraçar os espaços
Os laços não deste, não tens movimento
Se cala tua boca sem cor e sem traços.
A Lua se vai despedindo a noite
Cansou de brilhar quando soube, não vens.
Mas antes de ir te sussurra em segredo:
O que tu não sentes és tu que não tens.
Necka
09/06/2017
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