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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Noite


Essa hora. Quando a noite finda. O silêncio da cidade, o céu em breu profundo espelha pontos luminosos a esmo. Essa hora. Da quietude da casa, do dia deixado para trás, quase esquecido. Nos músculos que o sabem, o imenso suspiro do que enfim já foi. Essa hora. Serena, sossegada, quando dentro também se conformam as coisas pretendidas. O ranger das portas, a pouca fresta por onde o vento recém resfriado adentra. Intensa, calma, a prometida noite que acomoda a tudo. Essa hora. Agora.

Necka Ayala
08/09/2018

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