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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Pássara

Nascida uma vez sob ambiente nômade, vestiram-lhe logo cedo com asas em vez de panos. Ficara tão bela adornada de penas, que ensinaram-lhe mais e mais sobre impermanência, esquecendo assim, todos, de comentar um pouco sobre a existência de raízes. Afoita por voos, crescera desvencilhada. E até do berço despediu-se muito cedo. Aprendera! Pássara, presa aos céus, quais forem. Tento manter o solo firme e fértil para suas visitas eventuais, que mais se tratam de cansaços do que de saudades. Fica. O bastante para refazer as forças e ir-se novamente de onde esteja. Me resta manter os olhos capazes de fitar até mesmo aos céus que, daqui, não vejo...


Necka

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